quinta-feira, 30 de junho de 2011

No domingo, dia 3, moradores de 20 comunidades que têm o Sistema de Sirenes participam de treinamento





Foto: J.P. EngelbrechtA Prefeitura do Rio apresentou na tarde desta quarta-feira, dia 29, no Centro de Operações Rio, o plano para o exercício simulado de desocupação, que acontece no domingo, dia 3, em 20 comunidades que já contam com o Sistema de Alerta e Alarme para chuvas fortes. A simulação ocorre simultaneamente em todas essas comunidades. Na ocasião, quando as sirenes forem acionadas, os moradores das áreas de risco, com o auxílio de agentes comunitários e de voluntários, deverão deixar suas casas e se dirigir a um dos locais seguros pré-definidos pelo município.

Cerca de 800 agentes públicos e 1.300 voluntários, sendo 800 alunos de escolas municipais, orientarão a população sobre as rotas de acesso aos pontos de apoio. Nestas 20 comunidades onde residem cerca de 8 mil famílias em áreas de risco, existem 92 pontos de apoio, como por exemplo, igrejas e quadras de escolas de samba, para onde os moradores devem ir após ouvirem a sirene.

O subsecretário municipal de Defesa Civil, Márcio Motta, explicou como funcionará o treinamento e ressaltou a importância da participação dos moradores:

Foto: J.P. Engelbrecht- Esse sistema é pioneiro no país. O grande desafio é fazer chegar a informação gerada pelos técnicos, pelos sistemas e pelos radares até a ponta. Dessas 20 comunidades que participarão desse exercício, a intenção é que o morador ao ouvir a sirene e ao ser abordado por um agente público ou um voluntário identificado, que participe do exercício, saia de sua casa e se dirija até um ponto de apoio.

A instalação do Sistema de Alerta e Alarme começou em janeiro, com a implantação de um conjunto de sirenes no Morro do Borel, na Tijuca, uma das comunidades com alto risco de deslizamento. O sistema é acionado caso a Defesa Civil e o Alerta-Rio identifiquem que as chuvas chegaram a níveis críticos nestes locais. Com o auxílio de agentes da Defesa Civil, de lideranças comunitárias e de moradores da própria comunidade que passaram por capacitação, a população das áreas de risco é encaminhada para os pontos seguros mapeados na região. O sistema foi testado com sucesso durante as fortes chuvas que atingiram a região da Tijuca, em abril deste ano, quando nove comunidades tiveram as sirenes acionadas.

O secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, lembrou os investimentos feitos pela Prefeitura, como o Centro de Operações Rio, para evitar desastres:

Foto: J.P. Engelbrecht- Compramos o radar meteorológico, fizemos um mapeamento profundo das áreas de risco, contratamos junto à IBM um sistema, que é a previsão meteorológica de alta resolução, que está em implementação, e uma série de protocolos que permite a gente acionar a cidade mais rapidamente. Hoje nós estamos cumprindo mais uma etapa para garantir o nosso principal objetivo que é utilizar todos os recursos à disposição da Prefeitura para proteger a vida do cidadão que habita na cidade do Rio de Janeiro. O que nós estamos trabalhando aqui é para evitar que um incidente meteorológico se transforme em um desastre meteorológico.


Os equipamentos funcionarão em 60 comunidades apontadas por mapeamento elaborado pela Geo-Rio. O sistema conta também com aparelhos celulares cedidos aos agentes e lideranças da Prefeitura, que recebem SMS (torpedos) com alertas em caso de ocorrências de chuvas. Todas as comunidades mapeadas contam com representantes treinados para uso dos aparelhos.

Os agentes e líderes comunitários receberam um relatório fotográfico da sua área e uma cartilha com orientações, além dos telefones celulares. Os moradores das áreas onde estão sendo instalados os equipamentos de alerta também recebem material educativo para orientá-los e familiarizá-los quanto ao funcionamento do sistema.

Para reforçar a importância das ações de prevenção de desastres, a Prefeitura do Rio vai criar o Dia Municipal para Redução de Desastres, que será comemorado sempre no primeiro domingo de julho.

- É uma das ferramentas para desenvolver a cultura de prevenção de desastres, de redução de eventos severos. Então, é uma das estratégias, a criação de um dia municipal para a redução de desastres. A ideia é super válida para que as pessoas comecem a se acostumar com o sistema – explicou Márcio Motta.

A previsão da Prefeitura é realizar exercícios simulados de forma regular em todos os locais que contam com o sistema instalado. Atualmente, há mais sete equipamentos já instalados, que se encontram na fase de testes.

- Implantamos nessas 20 primeiras comunidades porque têm o maior número de casas de alto risco. Mas, vamos testar em todas as comunidades. Nossa meta é fazer o teste, pelo menos, a cada mês em 10 comunidades. A previsão é chegarmos em outubro com 60 comunidades treinadas - disse Motta.

As comunidades que receberão o exercício simulado de desocupação neste domingo são: Borel (Tijuca), Morro dos Macacos (Vila Isabel), Morro da Formiga (Tijuca), Morro da Liberdade (Tijuca), Matinha (Rio Comprido), Bispo (Rio Comprido), Morro da Chacrinha (Tijuca), Morro da Cachoeira Grande (Lins de Vasconcelos), Morro da Cotia (Lins de Vasconcelos), Santa Terezinha (Lins de Vasconcelos), Dona Francisca (Lins de Vasconcelos), Vila Cabuçu (Lins de Vasconcelos), Barro Preto (Lins de Vasconcelos), Nossa Senhora da Guia (Lins de Vasconcelos), Morro da Cachoeirinha (Lins de Vasconcelos), Arrelia (Andaraí), Morro do Encontro (Engenho Novo), Rocinha, Barão (Praça Seca) e Sítio do Pai João (Itanhangá).

Quem quiser ser voluntário deste importante plano municipal de prevenção a desastres pode procurar a Defesa Civil Municipal ou ligar para o telefone 199.

Texto: Anna Beatriz Cunha
Fotos: J.P. Engelbrecht

Extraído do site da Prefeitura do Rio de Janeiro

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