sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Clipping: Irregularidades no crematório e no ossário no cemitério do Caju

Fonte: Jornal Extra (site)

Policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da Polícia Civil do Rio, do Batalhão Florestal da Polícia Militar, e agentes da Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais da Secretaria Estadual do Ambiente, prenderam duas pessoas na manhã desta terça-feira (25) depois de apurarem denúncias de crime ambiental no cemitério do Caju, na zona norte do Rio. Washington Jorge da Silva, administrador do cemitério, e Lourival Domingos da Silva, administrador do crematório, foram presos depois de terem sido detectadas irregularidades no crematório e no ossário, que funcionavam em condições inadequadas e sem licença ambiental. Foram encontradas ainda ossadas que estavam depositadas e misturadas com lixo e entulhos em dois terrenos irregulares. De acordo com o delegado José Fagundes de Resende, titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, as galerias pluviais do cemitério recebiam ainda a produção do necrochorume (produzido pela decomposição dos corpos) devido a grande quantidade de ossos armazenados em local impróprio e a má conservação do local.  Segundo a Polícia Civil, uma perícia do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) constatou as falhas no cemitério.

Coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança, a ação dá prosseguimento à operação “Dignidade”, que em julho deste ano prendeu quatro pessoas por irregularidades encontradas em cemitérios de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Entre as práticas ilegais, estavam o despejo de ossadas a céu aberto, o possível desaparecimento do corpo de uma criança, a falta de licença ambiental, falta de alvará e irregularidades na lavagem dos corpos, além do necrochorume produzido pelos corpos e lançado diretamente no lençol freático. Esquemas de máfia das funerárias foram investigados numa CPI na Câmara de Vereadores de Duque de Caxias entre 2010 e 2011. Na época foram denunciadas práticas de esvaziamento de sepulturas antes do tempo legal, o despejo de corpos e ossadas a céu aberto, além da cobrança de preços muito superiores aos de mercado para sepultamento. E m nota, a Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro disse que está providenciando toda a documentação necessária para a retomada das atividades normais do crematório do Caju.

"A entidade acrescenta que possui alvará de funcionamento para o crematório, certificando que a unidade está em condições adequadas para realização das incinerações. No local, são incineradas as arcadas ósseas provenientes de todos os 13 cemitérios administrados pela instituição. No primeiro semestre deste ano, a instituição filantrópica realizou obras de expansão para aumentar o número de capelas velatórias e fornos crematórios", afirma o comunicado.

Matéria publicada originalmente no jornal e site do "Extra".

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